quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Refúgio:

Eu penso no tempo em que as paixões se consumirem,
No tempo que as vaidades andarão juntas.
Eu penso nos desafios do amor, do reencontro e do perdão.
Nas batalhas que enfrentamos dia-a-dia,
E nos confrontos que travamos dentro de nós mesmos.
Eu penso num tempo inerte, um futuro almejado
Um tempo que talvez nem exista.
Eu penso num coração flechado pela desilusão,
Penso nas angústias e desafetos
No amor, desamor e dissabor.
Eu penso num jardim florido, no vôo das borboletas
Nos campos límpidos e na serenidade.
Penso se o nosso amor realmente acabou,
Ou se ele nunca existiu
Ou ainda, se me amarás um dia.
Penso naqueles velhos versos, que narraram velhos dias
Dias que se passaram como um adeus.
Penso acima de tudo, em você.
Não sei de que momento lembrar, de qual briga
Qual sorriso, qual lágrima
Que lugar, que sonho
Que luar, que ilusão.
Apenas, lembro-me de você.
Daquelas conversas sem palavras,
Daqueles beijos não beijados,
Da sua mão, sua boca, seus cabelos...
Nem sei se os conheço!
Apenas, penso em você.
Na sua voz, nas vezes que ela me fez sorrir
Nas suas injustiças, quando elas me fizeram chorar.
Eu penso como me faz falta
Ter notícias, acordar pronto pra discutir,
Por mais ridículo que isso soe.
Mas agora eu sei que não posso recuperar o tempo perdido,
Nem dar o braço a torcer,
Nem te ligar e pedir e perdão.
Eu penso no tempo em que as paixões se encontrem,
No tempo que as vaidades enfraqueçam.
Penso no tempo de paz,
Não sei mais no que penso.
Mas em você, continuo a pensar...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fogos de Artifício:

Você já se sentiu deslocado?
Parecendo a única folha da árvore que não sucedeu ao seu papel de cair durante o outono,
Semelhante à única flor que não brotou na primavera...
Você já quis desistir de tudo?
Lapidando mentiras com um sorriso falso,
Lutando por brilhos que não podem te iluminar...
Você já se sentiu insuficiente?
Acorrentado pela futilidade que te subjulga,
Arrastado por ventos que você mal sabe pra onde te levarão...
Você já se sentiu como a única peça do quebra-cabeças que não consegue se unir às outras?
Atordoado, com visão embaçada
Descrente e incrédulo....
Saiba que você pode ser o que quiser, porque querido, você traz consigo o brilho do sol. Seu olhar carrega o raiar da esperança, centenas de borboletas no Paraíso. O seu sorriso tem a força de uma explendorosa explosão de estrelas.
Você pode ser todas as cores que transludem pelas auroras, porque o seu amor é verdadeiro. Suas lágrimas carregam tudo que sua alma sempre quis falar, então exploda...exploda como os fogos de artifício, e ilumine os céus – Ilumine os meu céu. Porque você querido, é o meu Ponto de Paz.
Mostre ao mundo do que é feita a vida. Chega de se mascarar na levianidade! Vamos parar por um minuto de etiquetar a vida e a alegria. Não importa o que você é – ou como é. Temos mania de dar nomes, procurando rotular tudo. Somos todos almas incandescentes, esperando para explodir, explodir como fogos de artifício, espantando os fantasmas do medo e da insegurança.
Mostre-me seus dentes, sua pele, seu cabelo, sua verdade! Isto serve para todos: Real pode ser o que imaginamos, então deixemos de lado os falsos pudores e vergonhas. Mostre-me na sua forma real. Altos, baixos, gordos, magros, loiros, morenos, negros, ruivos, de todas etnias, homens, mulheres, crianças, idosos, adolescentes... a beleza está aonde ninguém pode tocar. Está na verdade pela qual lutamos, nas crenças que carregamos...
O amor não pode ser tocado, mas nem por isso ele é inexistente. Deixa a alegria transbordar pelas suas veias, a extrema excitação, a hiperatividade, o delírio...Deixe seu corpo pegar fogo, incendiar e explodir, explodir como os fogos de artifício, iluminando a minha vida,e mostrando a todos que não tem medo de ser feliz. Danem-se suas idéias fúteis e pensamentos críticos. Eu quero te abraçar, para que possamos explodir, explodir como fogos de artifício numa Explosão Eterna!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

New Wave:

Com o passar do tempo, percebi o quão as pessoas podem ser desprezíveis. Talvez seja arrogância da minha parte, generalizar a tal ponto o que penso sobre os outros, mas não consigo acreditar em coincidências. Parece que o tempo todo estamos tentando nos diferenciar uns dos outros, buscando novas definições (tola mania de se definir) e um maior autoconhecimento. Não sei ao certo, se isso funciona. Dizem por aí, que as maiores brigas acontecem pelos menores motivos. Sei lá, mas então o que pessoas extremamente detalhistas devem fazer? Eu por exemplo, sou uma delas, e posso afirmar que cada gesto ou palavra tem um grande poder. Admito que sou naturalmente intolerante, mas há certas manias fúteis que realmente me anojam. Não espero ser compreendido, na verdade, já desisti de me fazer compreender a muito tempo. Sou muito teimoso, de fato, e tem algumas atitudes que as pessoas insistem em “entender pelo avesso”. Mas também, eu não deveria esperar que entendam uma mente confusa, crítica e mutável, sendo que eles só pensam em ir numa festa e “pegar uns 50”, ou ainda se vestir como a New Wave Teen e agir como tolos. Não os estou julgando (talvez até esteja sim), porém, não consigo fingir gostar dessas hipocrisias. Não consigo me adaptar à injustiça e à comodidade. Talvez eu tenha nascido na época errada. Será que algum dia “Amor” significará algo? Só o que aprendi, é que amar não é o suficiente. Não sei nem se posso provar o meu amor por alguém. Tem uns aí que se gabam por terem transado com vários, comprado tudo e todos...quanta futilidade!
Chega uma hora que você pensa: “Será que eu estou agindo errado, eles estão certos?” Até já pensei em ‘desencanar’ e ser como eles gostariam, sei lá quem sabe assim gostassem de mim. Mas quer saber? Tanto faz, não consigo ser mais um projetado ao modismo. Tenho meus ideais e não vou desperdiçar o que pra mim é coerente.
E se amar não é o suficiente, o que devo fazer? Se ser sincero não conta em nada,devo mentir?
Tá aí outro hábito imbecil: Querer moldar as pessoas do seu jeito. Pare de me pressionar e de dizer que eu não demonstro o que sinto! Poxa, assim parecerei forçado. Desculpa se sou frio e indiferente, mas talvez as tuas ações agravem isso em mim (Já parou pra pensar nisso?). Sabia que também tenho sentimentos?

Olhe, não sou tão belo, nem tão astuto, nem o mais carismático ou engraçado. Sou esta alma confusa, perambulante e incessante, de aparência fria e de sentimentos intensos. Questiono tudo. Não acredite em Príncipe Encantado ou em “Felizes para Sempre”. Não existe uma meia mentira, nem uma verdade completa. Enxergo muito bem o presente (embora esteja sempre planejando o futuro). Sou de verdade, mas se você não consegue lidar com o meu pior, você certamente não merece o meu melhor!

sábado, 20 de novembro de 2010

Esperança:

Veio pairando sobre as nuvens, pelas brisas mais solenes. Os ventos que eclodiram com as ondas (estas,que vieram sepultar meus temores na areia). Afogado em desavenças, e perturbado com a falta de crença. A esperança havia sido embebida,num último cálice de decepção. Do brilho do sol, não passou-se mais do que meras horas,em que a frágil taça que é a vida,partiu-se em dois lados idênticos. Surgiu o eclipse, na tentativa de mascarar todas as perturbações. De longe, era possível ouvir os sinos, soando a melódica canção do adeus.

Veio rasgando as tempestades,pelos céus incandescentes.O fulgor da benevolência dos fracos (estes que lançaram suas armas em terra, acabando com a Guerra). Soterrado num mar de mentiras, e obrigado a engolir as hipocrisias mundanas. Da noite mais bela de luar, contemplando as estrelas, desapercebido pelo florescer das estações.

Veio de longe, buscando o trépido alívio do aconchego. Fulminado pela desistência e angústia. Tomado pelo orgulho insolene e um ego esquematizado, entrelaçado pelas teias que interligam nossa existência.

Completamente lançado em rios de sombras,idealizando pastos verdejantes e auroras mais límpidas. Onde o amanhecer possa ser eterno, e o anoitecer um refúgio para sempre.

sábado, 13 de novembro de 2010

...Meu Preciosito...

Eu achei que estivesse sonhando acordado, e que bastariam alguns instantes e tudo desapareceria. Este sonho não foi como os outros (Não)!
Estive acostumado demais com meu pequeno mundo, onde não havia lugar para utopias.
De repente, fui atingido por você, e como um raio de sol, você acabou com a escuridão ao meu redor. Perdi todas as armas, e também as defesas. Agi como um tolo, mas tudo foi tão surreal. Entre flashbacks, acordei e retornei diversas vezes pro mesmo sonho. Tentei por diversas vezes livrar-me de ti, mas seu aroma se impregnou no meu coração. Não sabia até que ponto este karma me perseguiria, mas eu só queria continuar a sonhar.
Fomos como coleguinhas de escola: passamos horas trocando figurinhas, rindo e chorando. Doce ingenuidade. Mal percebia que este sonho ia se desprendendo dentre os meus dedos, pouco a pouco... Até que não sobrasse mais nada. Enquanto o filme rodava, eu estava com as mãos no bolso, perdido demais pra idealizar o irreal.
E assim, fui te perdendo, sumindo, desaparecendo. Meu despertar tornou-se rotineiro e vazio. Meu coração foi invadido pelos espinhos da noite. E você? Partiu, sem dizer uma palavra sequer. Todas já tinham sido ditas. O diagnóstico final, foi apenas a solidão: A solidão do eterno vazio que ficou o jardim da minha vida, que agora não mais florescerá...

Soneto da Desilusão:

Sou como o fruto da injúria,
Que serpenteando o rio tépido e impuro,
Afogado por sanguinários cadáveres da luxúria,
Pôde ver-se o que não se vê.

De mim,nada mais terás
Do que o lânguido inacabado
Por brasas incessantes
De um passado que a mim foi destinado.

Feito como o soneto do luar eterno
Jurei juras infundadas
No calor do coração juvenil, em noites de inverno.

Marés de lava em nevasca convertida
Sonhos utópicos de desamores inertes
A esperança de amar-te eternamente em mim, sempre será mantida.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

As sem-razões do amor:

"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, podes ter certeza,isto é Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR. "





Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.




=>Homenagem a um dos maiores Gênios da Literatura Mundial--Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nada me Impedirá...

Nem a tristeza, nem a desilusão
Nem a incerteza, nem a solidão
Nada me impedirá de sorrir.
Nem o medo, nem a depressão
Por mais que sofra o meu coração,
Nada me impedirá de sonhar.
Nem o desespero, nem a descrença
Muito menos o ódio ou alguma ofensa,
Nada me impedirá de Viver.
Em meio as trevas, entre os espinhos,
Nas tempestades e nos descaminhos,
Nada me impedirá de Amar.
Nem mesmo o último gole do orgulho derramado
Da frágil taça, que é a vida,
Nada me impedirá de perdoar.
Porque mesmo dentre todos os possíveis fins e afins,
Sei que sempre restará, ao menos, um fio de esperança,
Uma energia irradiante,
Que será o suficiente para me fazer te Amar.
Amar-te como a maresia da praia,
O que os ventos afagam numa brisa serena,
E o que a onda sepulta na areia,
Como se ainda fosse cedo,
Como se nunca fosse tarde,
Nada me impedirá de Eternamente te Amar.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Vale tudo por Amor?

Vale tudo por amor? Eis o que ele me perguntou.
Ao certo, eu diria que não vale tudo por amor, mas sim, vale tudo por quem amo. De uma forma mais abrangente, diria que sou capaz de qualquer coisa pelas pessoas que amo. Sei que é uma breve hipocrisia perguntar se seríamos capazes de tudo por algo tão incerto, mas sendo um breve um sonhador, prefiro arriscar tudo numa incerteza, do que não ter nada pra por em jogo...por nada!!
Nunca saberei se minhas apostas de algo valerão, ou se serei retribuído, mas seria futilidade minha amar para ser amado. Não sou obrigado a amar ou "desamar" alguém, logo, entenderei se não for recíproco. Afinal, amor é respeito, é refúgio, é desculpa esfarrapada, é um conto de fadas sem o "felizes para sempre", afinal, uma vida toda não é o suficiente para se provar de um amor culposo. Acho que a pergunta adequada a se fazer, não seria "se vale tudo por amor". Eu colocaria de outra forma: Quanto vale este amor? Vale um sorriso sincero ou de insegurança? Vale uma briga tola por ciúmes? Vale compartilhar a alegria? Vale superar os medos e angústias?
Se tudo fosse tão fácil e conciso, poderíamos mudar o nome de 'amor' para 'fracasso'. O sabor de conquistar um amor acima de qualquer problema é o que mais me preocupa, pois sei que a qualquer momento poderei despertar, e por mais que não me interesse o fato de ser algo tão utópico, superar um "malamor" é algo brutal.
Dizem que quando se perde é que se aprende a dar valor. Talvez seja a maior das verdades, afinal como saber o quanto amamos, se não colocarmos tudo à uma aprovação ainda maior?
Eu sempre disse que somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos, logo, não seria culpado se continuasse a amar alguém que não sente mais o mesmo por mim, né?!
Por isso, tome cuidado ao dizer "Eu te Amo", pois jogar com os sentimentos das outras pessoas é o maior cuidado que devemos ter. Às vezes uma mágoa pode tornar-se reflexo de que é tarde demais pra pedir perdão...


Se bem que, Se Vale Tudo Por Amor, não deveria valer também uma Segunda Chance?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pilares de Areia:

Quando não tive mais pra onde ir,
Relutantemente ajoelhei-me num altar,
Onde os pilares que sustentavam o orgulho, eram de areia.
E vi escapando entre os meus dedos a benção divina.
Eu não sabia que eles eram de areia.

Procurei os magos e oráculos,
Em busca de um abrigo esperançoso.
Mas eles disseram que a Guerra só terminaria
No dia que os Reis fossem enforcados com as tripas dos Sacerdotes.
Os pilares recaíram novamente.
Minha fé estava enfraquecida como a areia.

Por algum motivo,que eu não sei explicar,
Sei que meu lugar no Céu ainda não está garantido.
Os espíritos sopraram ao meu ouvido,
Mentiras que desmoronaram meu mundo,
Desmoronaram como a areia dos pilares.

Subi na montanha mais alta,
Tão alta que os pássaros não ousaria explorar,
E tão solitária que meu Ego não pudesse hesitar.
Pular de lá me libertaria.
Mas descobri que a montanha também era feita de areia,
Assim como a minha coragem,que se afundou na solidão perpétua.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A Tendência:

Com o passar do tempo, as relações e interações sociais visivelmente vem sofrendo um contínuo processo de variação. Facilmente é possível identificar essas mudanças no campo da moda, da música, da economia e da sociologia. Em geral, é natural que com o decorrer da evolução passemos por novas experiências e que aprendamos a agregar novos conceitos. Em quaisquer décadas que pesquisemos, desde a Pré-História, passando pela Idade Média, Classicismo, anos 60, 70, 80, 90 (onde a maior popularidade se concentrava na música e visual discotequeiro, hippie e clubber), e chegando até os dias de hoje, podemos observar que sempre houve espaços para o “Modismo”. De forma radicalista, me atreveria a dizer que em todas as sociedades e ambientes étnicos com diversidades (ou não) culturais, sempre se empregaram o uso de “Estereótipos”. É a mania compulsiva aleatória que o ser humano tem de ‘definir’ nomes e características para grupos e indivíduos que agem ou se comportam de uma maneira divergente ao resto da população, assim criando inconscientemente, em alguns exemplos, um ato discriminativo. Podendo usar como exemplo, os hippies, que durante as décadas de 70 e 80 eram jovens com pensamentos e ações ‘politicamente revoltosas’, por se rebelarem contra aspectos governamentais repressivos. Assim, esses grupos passaram rapidamente de ‘’sindicalistas’’ para ‘’drogados desocupados’’.

A moda psicodélica que abalou os Tempos da Brilhantina, rapidamente foi sufocada por escândalos que protagonizaram mais a nova onda do LSD e do Ecstasy, do que o figurino pra lá de ofuscante que era sua principal característica.

O fato é que com o decorrer das gerações, muitas coisas mudaram, mas o hábito de ‘criar novos conceitos e tipos’ continuou. Em vez de olharmos cada um para o seu próprio umbigo, e só prestarmos atenção nas pessoas na hora de criticá-las, que tal sermos mais civilizados e agirmos com menos hipocrisia??

Ainda hoje, em pleno ano de 2010, discriminações como Homofobia e Racismo ainda eclodem na pútrida sociedade mundial. Depois os hippies que não prestavam né!

Esqueçam um pouco das diferenças aparentes e lembrem que no fundo, o que te faz prestar ou não é o teu caráter (dinheiro e fama uma hora acabam).

E é claro, lembre da principal regra da Moda: Nada se cria, tudo retorna e é repaginado. Então, que tal voltarmos no tempo, individualmente e lembrarmos que quem sabe, ontem mesmo era você que usava roupas coloridas, ou o preto reivindicalista do rock, ou sonhava em estampar as capas da Vogue e da Elle, ou ainda em simplesmente ser lembrado??

Não importa o que faça, mas se for fazer, que seja porque é o que você quer, e não porque isso é MODA.

Afinal, é fácil perceber que a Tendência Atual é pouca (ou nada) de conteúdo e exagero visual. Que tal mudar isso?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Fanatismo:

Ardor em firme coração de desalento,
Pranto por belos olhos derramados,
Incêndio em mares d’água disfarçados,
Rio de neve em fogo convertido.

Terror de amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e separa.

Liberdade em promíscuo coração desatento,
Onde tudo ao redor esbanja açúcares diversos
E cheira a guloseima.
Onde tudo pode ser comestível,
E a imaginação surrealisa a ilusão da loucura.

Afinal achou que sou louco, pois vejo uma lagarta roxa falante,
Flores com vida própria,
E uma rainha que enfrenta seu próprio reinado.

Fanatismo...
Onde todos esquecem o seu valor, e mergulham na insanidade.
Dizem por aí que para enxergar esse tal de País das Maravilhas,
É preciso se desprender da realidade.
Mas será que é loucura idealizar algo tão incrível?

Ainda lembro-me da suave leveza do seu olhar.
É pena de chumbo, a mentira mais real e um palácio erguido no horizonte.
A rosa teria outro aroma se esse deixasse de ser o seu nome?

Liberdade...
Para te dizer o que seremos.
O que plantamos e cultivamos.
A história que se consolidou.

Você me lembra a manhã de natal,
Onde depositei todos os meus sonhos.
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isso, toda a graça
Duma boca divina, fala por mim!



Homenagem à: Gregório de Matos, Sophia de Mello Breyner Andesen, Willy Wonka, Alice in Wonderland, Chapeleiro Maluco, Romeu e Julieta, Sr. Smith & Florbela Espanca.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Cidade dos Anjos:

Eu vi quando você acordou, e desejou alguém que pudesse senti-lo. Eu sempre quis poder te mostrar quem sou, mas não quero que ninguém interfira. Sei que tudo isso pode não passar de um sonho, mas a realidade está clara para mim amor. Você me disse: “De que adianta ter asas se não posso sentir o vento tocar o meu rosto?”. Parecemos tão distantes, mas tudo que eu quero, é ver você neste instante. Você é o mais próximo que já cheguei do céu, e tenha certeza, abriria mão da eternidade para te sentir novamente. Sei que ninguém te vê como eu vejo. Por favor, pode abrir os olhos, eu ainda estou aqui. O compasso do teu coração frenético indica o caminho certo a seguir. Eu Caí, pois me apaixonei por ti. Desejei o calor da tua alma novamente, mas a fria chuva que caíra do céu mostrou-me como se eu fosse de carne e osso. Senti como se estivéssemos unidos de novo... Mas não há ninguém em casa. Lamento nossa fraqueza, mas agora você não pode mais me enxergar. Certo dia você desejou alguém que pudesse te sentir, eu o atendi, mas você abdicou de mim. E mais uma vez eu lhe peço: Não desista de mim, está lágrima que agora cruza o meu rosto, é a prova que faltava, de que vim pra ti. Posso te sentir, e você pode me ver. Por fim eu te digo: “Amor, abra os olhos e acredite em mim...Agora feche-os e sinta a brisa no seu rosto...Sou as asas do amor que galgam para um mundo melhor.”

domingo, 5 de setembro de 2010

A História de Nós Dois...

Num breve momento,eis que abrem-se os olhos.A realidade começa a ser vista da maneira que ela é. Encaramos os preconceitos e as injustiças.Aceitamos os erros e até os perdoamos.Brigas ainda existem.Paramos às vezes, e debatemos o relacionamento despreocupadamente. Posso olhar-me no espelho e admirar-me. Posso também passar a mão pelo seu rosto e te sentir. Há ainda a possibilidade de ficarmos um ou dois dias sem nos falarmos,devido a uma tola briguinha por ciúmes.Saímos juntos,vamos ao cinema,passeamos,sentamos na grama e admiramos o sol,ou simplesmente contamos estrelas. Ou ainda,só ficamos sentado nos olhando.Nada importa,o tempo não importa.Não temos rótulos e não somos descritivos.Somos rápidos,mas nem tanto.Tudo ao seu tempo.Rimos,e também choramos. À noite,vamos para casa e assistimos TV,comendo pipoca. Às vezes não. Conversamos e dormimos. Não! Antes de dormir nos beijamos e eu lembro o quanto te amo. Geralmente recordamos os bons momentos,contudo lembramos ainda das discussões.Elas não nos afligem.Contamos como foi o nosso dia.Lemos jornal.Tem vezes que saímos a noite,para dançar ou se divertir com os amigos--a propósito,temos amigos em comum. Encaramos filas nos bancos e nos indignamos com o atraso do ônibus.Até discutimos sobre política.Percebemos o quanto nos valorizamos.Não temos mansões e não vivemos do luxo,mas isso não faz com que sejamos infelizes.Temos planos para o futuro.Pode ser que as coisas não saiam como gostaríamos.Mas também pode ser que sim.Não sei se estou certo ou errado,mas sei que estou bem.Não tenho certeza que durará para sempre,mas juramos que seria eternamente.A doença nunca nos separou,muito menos a tristeza.Estivemos sempre juntos,e você me apoiou.Não fingimos que nada aconteceu,arriscamos na sorte mesmo.No início,lembro que você se fazia de difícil,às vezes até de indiferente.Eu sempre fui um bobo com medo de arriscar. Não conversávamos muito,mas nossos olhos se entendiam.Certa vez eu pensei em desistir,mas você me mostrou que eu era capaz. A verdade é que a razão estava com você o tempo todo não é?As pessoas são mais do que os nossos olhos podem ver. Não sei se pensa em mim sempre.Sei que vivo com você. A distância nunca foi um problema.Eu nunca esperei te perder,sempre soube que o que havia se selado,jamais seria quebrado.A morte nunca significou um fim,nada mais é do que o início de um novo ciclo. Você sorriu pra mim uma última vez e eu pude sentir toda a nostalgia de que o nosso amor resiste a todas as provas. Nosso amor sempre foi como um jardim florido e quando você se foi,nada fez sentido,exceto que o amor é traiçoeiro,me mostrando que eu nunca estarei pronto o suficiente pra suportar esse vazio. As folhas do jardim caíram...Fecham-se os olhos.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

De Repente:

Por que o sol continua a brilhar?
Por que o mar ainda chega à praia?
Por que os pássaros continuam voando?
Por que as estrelas ainda brilham?
(Não sabem que o mundo acabou)

Eu acordo de manhã e penso:
Por que tudo continua igual?
Por que meu coração continua batendo?
Por que meus olhos ainda choram?
(Não sabem que o mundo descoloriu)

Por que eles ainda mentem?
Por que elas ainda fingem se importar?
Eu não entendo.
(Não sabem que o mundo se rachou)

Por que minha mão ainda treme?
Por que parece ser tão recente?
Será que estou enlouquecendo ou as flores realmente continuam desabrochando?
(Não sabem que o meu amor partiu).

Por que as cores continuam a sorrir?
Por que a alma ainda não se entregou?
Por que continuam a se enganar?
(Não sabem que o meu amor disse adeus).

Por que a ira ainda os domina?
Por que a vaidade ainda os corrompe?
(Eles já não sabem para onde ir).
Por que a inveja ainda os mata?
Por que a ganância ainda os perturba?
(Eles já não sabem como mentir).
Por que a luxúria é irrelevante?
Por que a avareza se fechou?
(Perderam o seu império, e o amor acabou).
Eles não veem que a preguiça é sutil?
Ela veio vindo e os engoliu.


Eles não sabem, mas o mundo se acabou...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Hipocrisia:

Sabe aqueles dias que não temos a mínima vontade de levantar da cama? Quando estamos indispostos, mal queremos lavar o rosto para despertar. Ontem eu estava me sentindo assim. Às vezes penso ser o único culpado por tal sensação, mas outrora percebo que a culpa pode não ser minha. Sei lá, mas me sinto injustiçado, certas vezes, por ser tão bonzinho com pessoas que não merecem. Posso ter dezenas de defeitos (e quem não os tem?), mas se há algo que eu prezo, é o orgulho próprio. E apesar de ser auto-suficiente, nunca deixo meu orgulho embaralhar minha visão de ‘justiça’. Se tem algo que eu realmente desprezo, é a hipocrisia. Se você procurar o sentido para o termo “hipócrita”, encontrará a resposta: Indivíduo fingido, falso. Bom, admito que para ser hipócrita, ao meu ponto de vista, a pessoa deve realmente estar se sentindo um lixo. Sim, pois pra mim hipocrisia é a ação dissimulada de uma pessoa covarde. Sei que parecerá indignação ou até mesmo dor de cotovelo, mas prefiro reivindicar o caráter, do que não ter um. Hoje em dia, facilmente dize-se ‘eu te amo’ como se fosse dizer ‘bom dia’. O pior de uma pessoa hipócrita, é que no fundo ela está só se enganando. Tem gente que se diz ‘sincera’, mas sejamos realistas: Elas não são realmente sinceras, estão só esperando um pretexto pra falarem o que querem, sem se comprometerem. É, digamos que resolvi gastar meu tempo digitando este texto em homenagem a dois hipócritas. Desculpa, mas este é um dos momentos que deixarei meu ego falar mais alto só pra dizer “DANEM-SE”! Somos dotados de um tal de livre-arbítrio, que nos permite fazer a hipocrisia que for com nossas vidas, logo, se tem umas pessoinhas que preferem ser falsas e dissimuladas, que sejam. Mas o fato é: Não sou obrigado a aturá-las. Eu sei que uma hora ou outra eles se arrependerão (pode demorar, e pode até ser que eles nunca admitam) , mas eu sei que se arrependerão, e quando esse dia chegar, eu espero ter a oportunidade de dizer, em alto e bom tom (pessoalmente, pois podem pensar que é sarcasmo) que fico feliz pela justiça ter sido feita, e que eles terão o resto da vida pra carregar o fardo e renome de ‘falsos’.

Ps* Você é eternamente responsável por aquilo que cativas durante a vida (até mesmo a indiferença).



Oooowwwhhhnnn desculpe por existir, mas eu sou mais eu...
1 beijo pra quem é auto-suficiente e 2 beijos pra quem morrerá de recalque ;)


X.o.X.o

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Arte de Amar:

Se queres sentir a felicidade de amar, esqueça tua alma
A alma é o que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar a sua satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus- ou fora do mundo.

Se queres sentir a felicidade de amar, esqueça teu orgulho
Ele certamente lhe fará desistir.
Porque é preciso mais do que amar-se.
O ego pode satisfazer-te,
Mas serás vazio.

Se queres sentir a felicidade de amar, esqueça de tudo.
Todos dirão que estás errado,
Tudo parecerá culposo.
Só em ti, saberás o que tem valor.
Não em nada e não em tudo.

As almas são incomunicáveis.
Deixa teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

A Chave:

E de repente, o resumo de tudo, é uma chave.
A chave que abre para o inabitado e inexistente.
A chave de uma porta que não abre.
Dentro em mim é que está o segredo.
O segredo de uma porta que não existe- mas a chave existe.
Porque este segredo encontra-se selado,
Em ferro e brasa.
O ferro de uma chave.
A culpa e o arrependimento que foram lançados.
A saudade e a dor do que passou.
Eis a fechadura: A saudade.
Saudade de um tempo inebriante e alucinógeno.
Como o medo que transcorre minhas veias.
Como o veludo de um chaveiro.
Chaveiro sem chave.
O medo de perder o caminho certo.
O medo de descobrir em mim o que nos outros existe.
Como angústia de achar o caminho certo.
O caminho que leva à porta principal- esta sim existe.
A porta que não tem fechadura.
A porta que está em mim e que abre para o imenso.
A porta que agora existe...
Mas a chave se perdeu...

domingo, 15 de agosto de 2010

Apenas Amar

Que pode uma criatura,senão entre criaturas,amar?
Amar e esquecer,
Amar e malamar,
Amar,desamar,amar?
Sempre,e até de olhos fechados,amar?

Que pode,pergunto,o homem,
sozinho,em eterna rotação universal,senão
Rodar também,e amar?
Amar o que o amor traz à praia,
E o que a onda sepulta na areia,
O que na brisa marinha se torna sal,
E no seu poente se torna angústia?

Amar solenemente a solidão do deserto,
A entrega e a compaixão,
A voz áspera,o amor inóspito,
Um vaso sem flor, uma estrada de ferro,
E o peito inerte, pronto para ser flechado,
Como rua sem sonhos...Amar a oportunidade!

Eis o nosso destino:Amor sem conta,
Distribuído pétala a pétala,
Doação ilimitada e completa de ingratidão.
E na concha vazia do amor, à procura medrosa,
paciente de um desamor.

Amar nossa própria falta de amor,
E na aguerrida ânsia de amar,
Engolir as lágrimas e o beijo tácito,
Como calor distinto e sede infinita.


Que pode uma criatura,senão entre tantas outras criaturas,amar?

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Montecchio e Capuletto: O Prólogo do Amor

"Era uma vez a bela verona,
onde o ódio entre duas famílias, era trazido à tona.
Como o vil som das espadas,
A guerra entre os Montecchio e os Capulleto não era apenas uma fachada.
Dentre os desfechos de uma sangrenta batalha,
no mais profundo pó,
Julieta Capulleto e Romeu Montecchio: O amor de dois corpos, numa alma só.
Caberia na tumultuada Verona,num crescente amor de precipitação,
o fulgaz da brasa que acalentava o mesmo coração?
Mesmo julgados e condenados, por este trépido destino traçado,
Romeu e Julieta não julgavam-se viver no pecado.
Armas em punho,coragem e lealdade,
o embate épico,que se tornaria apenas saudade.
Mesmo com lágrimas matinais da aurora,
para Julieta e Romeu, ninguém poderia pará-los agora.
E nos mais remoídos ventos de piedade,
mais além,estava prestes a iniciar um terrível combate.
Soltos ao vento,lançados à sorte:
A luta mútua e incessante do Amor,selada pela morte."


Luís Paz & André Lima

O Último selo

...Preso à penúmbra de um destino corrompido pela inveja. Uma maldição cármica que guia ao desgosto de um alter ego. Como numa arena de combate,onde os gladiadores triunfam um combate alucinógeno. A tentação da carne realçada pelo crepúsculo matinal. A preguiça de abrigar-se de uma tempestade,quando o caos atravessa e parte o seu medo em dois. Num frívolo discurso,de uma autoridade, onde subitamente temos vontade de vomitar. A real decadência social,o desleixo completo (e óbvio),que as pessoas tendem a tentar esconder. É chuva de prata guardada num frasco de veneno. É o sangue de um anjo caído, em eterno triunfo de mais uma alma corrompida. A luz divina que não alcança a sombria ganância do Homem. Eclipse espacial que cobra a humanidade de trevas, fadados ao fracasso,num longíquo abismo gélido,condenados à eternidade vazia...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Espada e Escudo

No início, havia apenas a escuridão, mas como todos sabem, onde há sombra, há luz. Pouco a pouco, foram nascendo as primeiras estrelas, e com o choque entre estes corpos celestes e a escuridão (que já ali habitava), houve uma grande explosão. A terra tremeu e os céus choraram. Deste grande impacto, duas lágrimas atravessaram a galáxia, nascendo assim os irmãos Espada e Escudo. Espada jurou destruir tudo que se opusesse à sua frente. Escudo, por sua vez, jurou usar sua luz para proteger a todos. Nascia assim, o eterno confronto entre os irmãos. Visivelmente, Espada herdara a maldade e a ganância da Escuridão. Escudo descendia veementemente, da benevolência e insegurança das Estrelas. Apesar de nascidos juntos, na mesma colisão estelar, percebia-se fortemente, que seus destinos transcorriam caminhos opostos. Espada era arrasador, imprudente, frio e orgulhoso. Queria conquistar tudo através da força. Escudo, em contrapartida, era ingênuo, defensivo, acolhedor e maturo. Dizem que as faíscas deste combate deram origem ao Céu e ao Inferno. Pouco a pouco, o poder dos Irmãos enfraquecia mais e mais, sem aparente motivo. Notando essa repentina perda, Espada resolveu transferir seu poder para os homens: Ensinou-lhes a coragem, a inventividade, a criatividade e a força. Percebendo a ação do irmão, Escudo transferiu seu poder à Natureza, criando assim o fogo, o ar, a água e a terra. Notaram então, que seus poderes, controlados pelos humanos e a natureza, poderiam ser utilizados juntos. O home alimentava-se das águas, plantava e cultivava alimentos na terra, usava energia eólica e difundia sua inventividade com a brasa. Os irmãos, arrependidos desta luta milenar, resolveram fazer as pazes e acordaram trabalhar juntos. Porém, era tarde demais. Espada e Escudo tinham seus poderes totalmente usurpados pelo homem e pela natureza, podendo nada mais fazer. Os irmãos uniram-se novamente e numa nova grande explosão, dissiparam-se no espaço. O homem por sua vez, com seu intelecto criativo, passou a utilizar mais da natureza do que ela poderia oferecer-lhe. O fogo, o ar, a água e a terra, revoltaram-se contra a raça humana, iniciando um novo embate terrestre, criando assim, a desarmonia e o caos. Numa repentina tempestade, a Escuridão tomou conta do Planeta. As estrelas, todavia, injuriadas com tal feito, emanaram uma luz tão forte que ao dissipar a Escuridão, destruíram também o Homem e tudo mais que existia. O silêncio reinou no nada. Muito distante dali, era possível observar reflexos incandescentes. O som não podia propagar-se, mas era possível observar um rastro cósmico, como a calda de um cometa, que indicava um novo início. Espada e Escudo, finalmente descansavam em paz...Juntos!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Palavras ao Vento...

Arte por arte,arte rebuscada,arte-estética,arte formal,Conformado pela arte.
Brigas de brasas,brasas que amansam,brisas inconstantes,de beijos bravos e bocas seladas.
Corações fúteis,futilidade mental,mente superior,questão de valor,voluptuosa corrente,corrente cardíaca.
De dados diferentes,diferentes maneiras.De um lado ao outro,destruindo barreiras,de doidos mansos,que dormem.
Espreitando e talvez espreitados,pelas estreitas estradas deste mundo afora,distinguido por ti,achado pela aurora.
Fome que corrói,fome que fraqueja,como o frio lá de fora,para aqueles que fugiam,e que agora chega.
Gosto de gostar,gentil maneira de pensar.Gritos de dor como o gozo da alegria,garante os generais, herdeiros natos, da militar hierarquia.
Comparados,facilmente, à fracas hienas ao mar,inutilmente lutadores,que insistem em investigar,os 'quês' e 'porquês' de inverno à verão, cachorro ladrão,joga-se ao mato,caça o gato,foge com o prato,almoço almoçado,sorte do dia,cardápio da semana.
Lento com a derrama, lamento contínuo,um deleite desbravado,loteria ganha.
Mil maneiras se tem, e as melhores moças são as mentiras,mas não das moças,e sim as próprias que mentiram.
Nada e nunca, n'água se encontram,como o palhaço e o circo,ninguém tem nada contra.
Outra vez finja,orvalho recente, opositor crescente,ora faz chuva,ora ele chora,ouve-me agora?
Põe-se o sol,e perguntas desabrocham,penas setenciadas,pratos limpos,porto vazio,pena justa.
Queimada da angústia,querida primavera,de quentes monções,alíquota cobrada,pena dobrada.
Risos que rompem,com o silêncio regido,regado pela noite,de estranho rugido.
Semente plantada,depois da pena julgada,sintonia da alvorada,serpente criada,súbita facada.
Terra descoberta,tinha-se colonizado.Tarde chegaram,já havia-se dominado.Terapeuta confuso,doce torresmo,uma vez jogado ao vento,unicamente em conjunto,doce de uva,urge o respeito.
Voz velada do veneno verniz,brilho voraz. Vagas lembranças,de velas que se apagaram.
Vozes volúveis,vezes vagas,vagas lembranças,da história que se passara...

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Planeta Azul:

O menino que mora num Planeta Azul,
Feito a calda de um cometa,
Quer se corresponder com alguém de outra galáxia.
Neste planeta aonde o menino mora, as coisas não vão tão bem assim:
O azul está ficando desbotado, e os homens brincam de guerra.
O ser humano está se perdendo na futilidade, e as palavras perdendo sua essência.
Então o menino procura, com urgência, alguém de outra galáxia, para trocarem selos, figurinhas e esperanças.
Um habitante de outra galáxia aceita corresponder-se com o menino do Planeta Azul.
O mundo deste habitante é todo feito de vento e as folhas de cerejeira pairam pelos ares.
Não há fome nem guerra.
Nas tardes perfumadas, as pessoas passeiam de mãos dadas rindo à toa.
Elas podem, realmente, amar-se.
Nesta galáxia, ninguém faz a morte, ela acontece naturalmente, e o sentimento verdadeiro supera tudo.
O habitante da outra galáxia, aceita trocar selos e figurinhas, e pede ao menino que encha os bolsos de esperança, e não só os bolsos, mas também as mãos, os cabelos, a voz, o coração... que a doença do Planeta Azul ainda tem solução.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ponto de Paz

Sou o filho do amor e do ódio,
Guerreiro desolado, pela decepção mundana.
Sou o ferro e o aço em fusão,
Projeto cibernético, experimento humano.
Sou símbolo cármico da luta infindável,
Protetor fiel de batalhas exploradas.
Sou o calor das verdejantes montanhas,
O frio cósmico das gélidas florestas boreais.
Sou o fruto do orgulho partido,
Das pétalas caídas, da desordem humana.
Sou o último espectro de Pandora,
A esperança que não foi mostrada aos humanos,
A lei corrompida e a coragem difundida.
Sou a permissão e a culpa, representante do fim,
Simbolizo o tributo à noite, e a congregação dos dias,
Sou o fim aguardado, as tardes chuvosas,
O ar em infinita combustão.
Sou o fruto proibido de um romance ruim.
Sou o descendente de uma geração abalada pela desonra.
Sou o caminho da evolução, o pendante da paixão, da igualdade e da ordem.
Sou o big bang de emoções, o resto da ilusão.
Sou o que sobrou da paixão, você está pronto para me amar?
Sou o oásis desertificado, a aurora austral, a falha elíptica.
Sou o eclipse do seu sonho, o bem e mal em eterna união e confronto.
Sou a benção do carinho, a tentação do Éden e o caminho do infinito.
Sou o guerreiro, a espada e o escudo, o castigo dos perdedores e a vitória de quem não lutou.
Sou a explosão das estrelas, num amor eterno.
Sou a hipocrisia e o tráfico de emoções.
Sou o seu beijo, o toque da sua mão e o seu olhar.
Sou pena de fogo, o calor do inferno celeste, o frio do céu rubro.
Sou o pecado e a sua salvação.
Sou o seu sonho, em carne e tentação.
Sou o passado obscuro, o presente trepudiado e o futuro de refúgio.
Sou o mártir da dor, e o arrepio de excitação.
Sou o ápice da verdade, e a mentira em apogeu.
Sou a ascensão dos fracos, a queda dos fortes.
Sou pedra bruta lapidada em sentimentos e carinho,
Sou o carinho difundido num frívolo orgulho.
Sou a arrogância, a fome de poder.
Sou a vaidade cósmica, a inveja do amor, a preguiça do perdedor, a ira selvagem, a ganância do rico, a avareza do pobre, o sexo casual.
Sou puro veneno, coberto de flores e espinhos.
Sou a última chance da humanidade, sou todas as suas ‘máscaras’, sou a vingança.
Sou o pecado da ingenuidade, a pura falta de pudor, a entrega total.
Sou o devorador de sentimentos, sou sua cara-metade, o oposto do que te atrai.
Sou o eterno apaixonado, a poesia global, sou eterno amante, eterno aprendiz de você, porque só em ti, sou também, o Ponto de Paz.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pena de Fogo

...Fulgaz de um combate épico, contraditório. Uma luta incessante, de punho sóbrio, onde inconscientemente batalhamos para perder, e desistimos para vencer. Num confronto onde tudo é válido, e acrescento ainda, que nada é proibido. Desentendimento dualista, comprometedor,que nos engana,engasga e esgana...
Perdi o ar,quando busquei conforto em novos ares,
Perdi o chão,quando me refugiei em novas idéias,
Perdi a razão, ao dizer que jamais amaria novamente.
Desconcertas-me,quando me olha nos olhos,
Afagas-me, em ternos abraços infinitos,
Seduzes-me, por completo, sem nada fazer.
É combustão instantânea, o calor que me consome,
É auto defesa, desviar a atenção de ti, para não me entregar,
É pena de fogo, que sobrevoa nossa relação.
Julgue o céu, se assim considerar o carinho romântico e afetuoso,
Julgue o inferno, pelas tão calorosas faíscas que rugem ao nosso encontro,
Julgue indefinível, apenas cósmico, bipolar, preciso e impreciso, imprevisível encontro de corpos celestes que anunciam um novo big bang.
Defina-me malicioso, por não poder pensar outra coisa, a não serem nossos corpos se tocando, num ritmo psicodélico.
Defina-me angelical, por ser um louco apaixonado, que perde o ar, o chão, e a razão (já citados), quando está frente a frente contigo.
Defina-me completo,quando te mostro que posso te levar a um céu rubro e a um inferno celeste,instantaneamente.
Quero-te como caça, para todo dia te prender e te devorar, numa ceia feromônica da nova estação.
Quero-te como caçador, para esperar o momento em que me aprisionará e fará o que quizer comigo.
Quero-te todos os dias, independente do modo, do sorriso, do toque, da razão (ou falta dela), da luxúria e de tudo mais, pois não posso imaginar meu Paraíso sem você para me aquecer, a todo instante.

Fascínio:

Vida fácil,é o que os garotos querem,viver num mundo corrompido pela luxúria e futilidade.
Fascínio,disse alguém,fascínio pela vida.
A vida fácil que já foi corrompida.
A corrupção que foi mantida.
O Fascínio que permanece,mutável.
Como um espelho que quebra e pode ser consertado.
Como uma chuva que clarea a ideia.
Vida fácil que veio para alguns.Vida injusta.

Futilidade é dizer que beleza não é fundamental!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Discórdia:

Eis que inicia-se uma discussão entre os Irmãos Amor e Paixão:
[Paixão]=Mas como aceitar essa real desilusão?Nada mais pode argumentar,sua derrota está clara!
[Amor]=Vá com calma,minha querida,esquecestes que sou imprevisível e avassalador?
[Paixão]=Pudera eu,esquecer-me de tais caracteres,mas assim como és imprevisível para muitos,alguns já identificam um falso 'eu te amo' há distância,Amor.
[Amor]=Quem sabe,ponderada Paixão,mas usam-me sobriamente como demonstração de afeto rigoroso,também para a amizade...
[Paixão]=Mero engano querido,quem usa da sobriedade jamais cita-te em quaisquer afirmações!
[Amor]=Ora,terrível blasfêmia!Meu poder, de todo não és irracional...
[Paixão]=Mas,por que então,usam a força do teu nome,sem na verdade amarem?
[Amor]=Veja bem,a culpa é sua,afoita bela,quando eles estão sob a sua perpétua,nada enxergam,nada dominam,apenas querem voar,sem se quer terem asas,logo,você os deixa irracionais!!
[Paixão]=Que maligna ousadia sua!Agora culpa-me por não saberem o que fazem? Ao menos dou a eles um rol de esperanças,coisa que você se quer concede.És ingrato,desilude e fere!
[Amor]=Não perca a linha,querida,entendo seu ponto de vista,mas todos temos escolhas,e enquanto você prefere iludir e dar expectativas,decido ser sóbrio e objetivo.Se passarem pela minha aprovação,que sejam felizes por fim!
[Paixão]=Ora,não tente se fazer de bonzinho!Sejamos sinceros,você nem se importa se eles passarão por sua aprovação ou não...
[Amor]=Pode estares certa,mas não culpe-me por completo,apenas continuo o serviço de onde você parar!
[Paixão]=Não faça-se de vítima,afinal,você é encarregado de julgar se o que aprenderam comigo foi válido e será o suficiente para alcançarem a sua graça.
[Amor]=Correta afirmação Irmã,Mas que culpa tenho se os humanos não aprenderam a amar?
[Paixão]=Pois então,ensine-os a admirarem mais que a futilidade.
[Amor]=Estás esquecida,Paixão,que os olhos é você quem concede a eles?
[Paixão]=Nem por um instante Irmão,mas dar-lhes os olhos não significa conceder-lhes o dom da visão.Também não tenho culpa se os humanos não aprenderam,também,a enxergar mais que as aparências...
[Amor]=Estás a confundir-me.Pretendes o quê com tudo isso? Sequer usam "eu estou apaixonado por você" como dedicatória.Pare de se importar com os Mortais.EU,sou sempre O Lembrado,enquando você é apenas passageira...e na memória esquecida!
[Paixão]=Estás me desafiando Irmão?Pois bem,a partir de hoje,não mais pedirei sua ajuda,não mais partilharemos esta conduta,siga com seus fúteis 'amantes' e deixe-me com os esperançosos 'apaixonados'.
[Amor]=Que o duelo aconteça!Proteja seus Humanos e eu estarei com os desacreditados 'amadores'...
Por fim,o diálogo entre os Irmãos Amor e Paixão,assim findou-se.Prometeram a si mesmos jamais unirem-se novamente.O Amor gritou aos quatro ventos que nunca existiria um amor sobrevivente.Paixão clamou que nada mais passaria de sonhos.E assim,por milhares e milhares de ano,com a separação do Amor e da Paixão,jamais houve novamente provas verdadeiras de amor,amizade e união.O ser Humano nunca conseguiu consilhar ambos os lados e jamais aprendeu a enxergar a essência natural de todos.Assim,aprisionou-se no mundo da Luxúria,onde desistiu de amar e apaixonar-se...
Quanto aos Irmãos? Jamais voltaram a unir-se...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Luxúria II

...Eu estou dizendo para você arrancar os meus botões querido,mas você não faz nada,fica apenas me assistindo,enquanto eu pego fogo,embalado no ritmo dessa batida provocante.Eu estou te esperando,venha me despir com seu falso pudor,e me dominar por completo.
Típico,eu estou ardendo,e este calor todo que me consome...Oh!Por que você não se entrega logo?
Apenas dois,eu e vocÊ,num clima intenso de conquista,você está atado numa timidez desconfortável(mostre-me do que é capaz).Seguindo a melodia,é assim que funciona...você está cansando? Vamos diminuir o ritmo,deixe comigo,eu lhe mostrarei o quanto posso ser feroz.
Venha querido,alivie as minhas tenções,eu estou só te aguardando,esperando você abrir o meu zíper,este calor...Mas você não é de nada!
Está esperando o quê? A noite toda você caiu no meu jogo,e agora que estou disposto a me entregar,você fica aí parado!
Ambos não conseguimos mais fingir,e esta gota de suor que atravessa o seu rosto...Ela me faz delirar.Um gesto e você está aos meus pés.
Imaginou minha língua transcorrendo o seu corpo agora?
Querido,estou em erupção,e as correntes de medo e insegurança já se romperam...Venha dançar comigo nesse embalo que só você pode acompanhar.Nossos corpos se tocando,enquanto todos olham ao redor,distraídos com a música,é em você que eu deliro.Porque você é meu mascote preferido,esta noite eu quero te levar aos céus.
Preocupe-se menos com quem eu sou,e mais com que eu sou capaz de fazer!
Você me faz ferver...Será que hoje temos alguma chance...?

T.O.C

Hoje eu aprendi a ouvir,e por mais que meus pensamentos tentassem me confundir,percebi que em cada frase,cada palavras que dizemos,inconscientemente,pretendemos transmitir ao ouvinte um duplo sentido.De forma aleatória,nunca falamos uma verdade completa.É aquele velho nuance de se enganar,que com o tempo se tornou um hábito,e hoje o praticamos de forma natural.Hoje,num repente,foi como se o mundo tivesse parado,como se não houvesse tempo de se mascarar.Isso facilitou minha visão.Aos poucos,notei meus trejeitos,hábitos e manias,e assim pude moldar uma escultura própria.Percebi algumas contradições e infelizes imperfeições(trágica notícia para um simétrico maníaco).Posso dizer que aprendi a enxergar.Hoje,por um instante,aprendi a sonhar.Deixei de lado toda a moralidade e hipocrisia dos ‘porquês’,e me joguei numa realidade que finalmente poderia ser moldada a minha maneira.Por incrível que pareça,até em sonhos as coisas fugiram do meu controle.Na minha vida toda,sempre fui(e acho que sempre serei) introspectivo.A vida sempre passou como um espetáculo,diante meus olhos,na qual eu sempre estive na platéia,observando,sem poder participar.Sempre fui uma fera adormecida gritando por dentro,e sendo passado pra traz.O tempo vai passando,e minha conduta altamente defensiva(e até mesmo individualista),me tornou uma pessoa fria,gélida e inconstante.Por mais que esteja rodeado de amigos(os verdadeiros),sempre me sinto sozinho e deslocado.Em casa,na rua,na noite ou na cama,o fato é que sempre estou só.Ninguém consegue me alcançar,me achar,me entender.Sinto que muitos tentam(ou tentaram e desistiram),e com o passar de dias,aquela antiga visão sobre mim como “um garoto único e diferente que é apaixonante e raro”,acaba sumindo,e o que sobra é apenas o fim do show.No final,só o que pensam é “Até quando ele vai continuar sendo esquisito?”.Já tentei de diversas formas me entregar a uma personalidade diferente,arriscar algo diferente,mas no fim eu volto,acordo e desencanto.Desculpa,mas eu não aprendi a amar.
Eu sei que sofro de transtorno de personalidade bipolar,mas e ambas as minhas faces,só o que passa agora,são lágrimas.De verdade,sou como o aço e ferro em fusão,um projeto cibernético de vaidade,orgulho e insegurança,que desaprendeu a superar os medos.Hoje,isso tudo pode ser compreendido melhor,pois aprendi a perder.Sinceramente,não sei qual é o tipo de vitória que eu aguardo,e meu gene realista,só me diz que eu terei a oportunidade de afogar as mágoas num eternizado abraço de entrega,um momento,que por fim,eu possa ser livre e esquecer de tudo,um momento que eu apenas abaixe as armas e deixe alguém se aproximar,um momento bobo,que me fará a pessoa mais feliz do mundo,pois a lição que eu verdadeiramente aprendi hoje,é que não existe nada mais difícil do que sustentar um império de dor,preso dentro de si durante 17 anos.Tempo suficiente para não se aprender nada...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Início,meio e falso fim:

O amor é auto-destrutivo.É uma tendência megalomaníaca de doar-se por completo.Um turbilhão de idéias constantes que avassalam nossa mente.Uma força impulsiva.que nos guia às profundezas do inconsciente,beirando a estupidez.É uma tola idealização de um alguém perfeito,para a situação do agora.É a má compreensão dos fatos.e a impura interpretação da auto-estima.O amor nos submete às mais conjuntas e tolas reações.É uma prisão que nos forçamos a aceitar,e a libertação de um falso pudor.É a falta de vergonha de admitir uma culpa, que há muito tinha sido afogada com outra decepção qualquer.O amor é a banalização dos desejos.O amor é inconcebido e brutal.Ele usufrui da nossa vitalidade e dá um novo sentido a um olhar maldoso.O amor é auto-confiante e nos ata,com um falso agradecimento.Úma busca longíqua de uma estrela no mais extremo do espaço.É o indício da insanidade e da incompreensão dos ‘‘porquê’s’’.O amor é arredio,amigo íntimo do egoísmo e da individualidade.Ele nos causa sofrimento(ou pelo menos o culpamos das nossas más escolhas).O amor não nos dá saída, pelo contrário,abre infinitas possibilidades,porque o amor é traiçoeiro.Ele quer mais que a gente se ferre mesmo,tanto faz onde queremos chegar e as nossas convicções,porque o objetivo dele é desnortear as nossas intenções,e inverter o leste o oeste.Amar é refúgio,e uma sentença eterna de despedida.É um suicídio sem fim,que aterra a lucidez.O amor dói,fere e até mata.Ele cura,arde e reanima.É uma energia interminavelmente dualista,que congrega sonhos e pesadelos,na única realidade que nos cabe:A dependência.O amor trava um duelo infindável entre o céu e o inferno,e suas faíscas sucumbem nos pútridos terrestres.Ele é o alcance da aurora cósmica,e o elo entre a sanidade e a inteligência.Ele é imprevisível(ou previsível demais para percebermos).Amar é ver tudo colorido,e colorir o preto e branco.O amor é a infecção da alma,vírus combatente,que nos desarma.É uma batalha de punho sóbrio com a convicção.É o bater de asas de uma borboleta,e também um furacão do outro lado do mundo.Ele sente,pensa e até fala...nos usando.Ele cabe na palma da mão,mas escorrega num abismo oceânico.Ele voa pra longe e mergulha no magma vulcânico.O amor é a fala de razão,é excesso de sensação,é o vício dos fortes(porque é preciso ser forte para sobreviver a um desamor).É preciso estar pronto para viver por uma sensação que muitos estariam dispostos a morrer por ela.O amor é falso caráter,é verdade duvidosa,é uma mentira contada pela metade,cuja a outra metade é preciso vivenciar para conhecer.Não para compreender,pois não faz parte do amor a compreensão.O amor dá asas,mas também as tira.O amor desperta ,mas também condena.O amor desrotula e mal resolve.É uma tentação incabida em palavras e ações.O amor perturba.É roleta-russa diária e abnega a justiça.Mas não vivemos sem ele.Por que então,procuramos a vida toda,pelo amor?
...Porque o amor é a resposta,mas também é a eterna pergunta...

sábado, 15 de maio de 2010

Espelhos

15/05/2010
00:19

Dormi:
Quando desisti de me enganar.Quando desisti parar uma busca incessante por algo incerto.Quando parei de procurar um sorriso sincero e uma lágrima verdadeira.Quando aceitei o fato de que nada pode ser moldado a minha maneira(e talvez isso tenha me incomodado).Quando percebi que nem sempre as pessoas se adaptariam aos meus modos e manias.Quando me decepcionei numa viajem rumo à uma nova sensação- O Amor. Eis o fato. O amor: Uma força emulsinante capaz de causar as mais diversas sensações, de te levar a um êxtase de alegria e a um estado melancólico, em segundos. Força essa, capaz de te puxar para dentro de si,quando na verdade, o que mais desejamos é fugir.Dormi...quando na verdade, você sempre foi o sonho na qual eu nunca quis acordar!

Vivi...
Buscando por aí novos horizontes(incertos) e sempre mutáveis, mas que satisfizessem o meu ego, também mutante.Vivi, tentando me soltar dos meus pensamentos e desprender-me dos meus apelos. Fugindo de mim mesmo e negando minha santidade(ou falta dela).Enganei promíscuos corações ‘apaixonados’.Não me culpe! Sempre quis ser amado verdadeiramente, e por mais que soe como blasfêmia, a frase que mais me dó dizer é “eu te amo”, sabendo que depois dela, virão arrependimentos, inseguranças, futilidade e desprezo--não me pergunte de quem, considere ambas as partes.

Despertei...
Sem querer pra você, e quando me sentia perdido no meio do caminho, foram as suas palavras que me guiaram.Seus poucos, mas necessários ensinamentos que me enriqueceram.Eu sempre me chamo de ‘’garoto mau’’, por desinteressar-me do ‘fácil’. Mas talvez seja isso que mais corrói nossa pútrida alma: Fingir ser...fingir sentir! Mas veja bem, Não má entenda o meu jogo de palavras, pois sim, sou um ‘’anjinho malvado’’, e apesar da minha prolixidade, meu amado, bastam poucas palavras para que você compreenda o meu fascínio.
Espelhos: Reflexos de beleza ou reflexos da alma? Não tenho certeza se respondo ‘as duas coisas’, mas posso afirmar, que quando me olho num destes, vejo a falta que você me faz. Sei que você deve me achar apenar um garoto confuso e enrolador, mas isso não importa, porque quando tu me chamas de ‘fofo’, é o suficiente para clarear a minha visão nublada sobre o amor. Sempre achei que não existisse essa história de ‘par ideal’, ‘alma gêmea’, mas então, por que quanto mais te nego pra mim, mais queria que você visse através das minhas máscaras?

É porque passou-se o tempo de esconder-se.

“Eu ouvi você sussurrando, baixinho pra ninguém ouvir, que queria um amor de verdade...Afinal, não importa a distância, porque só em você eu posso encontrar o meu ponto de paz.”!
Luís Paz

domingo, 9 de maio de 2010

For The Ting Tings

"Farta da sua indigestão, engula suas palavras e dê adeus ao Dj Local. Nós caminhamos em rumos diferentes, e seu sorriso cínico não me engana. Essa foi a última vez que você beijou os meus lábios, agora cale-se e deixe-me ir! O jogo mudou, esqueça a roleta-russa e aposte nessa máquina de frutas. Meu olhar foi definitivo, mas lamento lhe informar que eu sou do tipo maldoza. Como é se sentir com a cabeça decaptada? Nós nunca conseguimos começar nada, e apesar de humildemente eu só desejar ser alguém, você nunca me entendeu...Você me chama de 'inferno', você me cham de 'stacy', você me chama de 'ela', e você até me chama de 'jenny', mas este não é o meu nome..."

terça-feira, 4 de maio de 2010

"_ _ _ _ _ _ _"

Queria um sopro gelado, durante um intenso verão.
Queria voar e fugir dos meus medos, às vezes sem enfrentá-los.
Que não ter medo de fatos que já superei (ou que penso ter superado).
Queria te dizer tudo o que penso, e o quanto discordo das tuas atitudes, assim, sem hesitar.
Queria poder lhe falar tudo o que senti (ou que ainda sinto).
Queria estar de peito aberto para receber ásperas palavras e vis citações.
Queria olhar através da sua máscara, sem precisar tirar as minhas para isso.
Queria um sorriso incessante,matinal, de alegria...
...Talvez sincero...ou quem sabe não!
Queria acreditar em tudo que já disse, mas acho que eu me perdi no meio do caminho.
Queria ser o mais inteligente, e jamais fracassar, apesar de saber que isso não é uma questão intelectual.
Queria ser o mais belo e te seduzir, apesar de desconsiderar a futilidade.
Queria ser bonzinho e aceitar te perder.
Queria ser realista e sacar que na verdade você nunca foi meu.
Queria crer nas palavras que me diz, mas estou acostumado a recuar.
Queria pensar que estou certo, porém meu orgulho não me sustenta mais, e você não consegue fingir.
Eu penso viver numa história romântica, mas acho que sou o único que sofro com isso.
Eu te chamo de 'amor' e você retribui com um gélido 'oi' formal, que me quebra por dentro.
Adoro o jeito que você me olha, por mais que seja com amizade, eu vejo o seu ego, e sei que somos como estrangeiros num campo missionário.
Tente desarmar a bomba!!!
Eu me prendi, sem querer, a você, e acho que estou bloqueado.
Você fixou uma carta na minha porta, e ela dizia: "Eu te amo, mas não podemos ser mais do que bons amigos".
Como queria que eu reagisse???
Talvez eu seja o culpado pelo desentendimento. Muita cobrança e angútia te deixaram esperançoso.
Conviva assim...se quizer e conseguir, mas eu não posso mais fingir ser quem não sou, e me machucar ainda mais.

Eu te afligi, eu sei...Foi como se você tivesse ido dormir bravo comigo, e nunca mais tivesse acordado...

sábado, 1 de maio de 2010

Doce Sonho:

Como um calafrio que surge de repente, e que me deixa feliz e triste ao mesmo tempo, eu desperto para você! Como o fio da navalha que corta a angústia, e como o sono que cobre os olhos de quem não quer dormir. É uma pesada leveza, é como felicidade incontida num sorriso, e insegurança exposta à uma aprovação.É como decidir entre o sim e o não, temendo ambas as respostas. Vozes veladas que vulcanizam em erupção constante. Um frio que retorna, mas não gela e uma sensação de voar sem tirar os pés do chão.É como abdicar da eternidade, mesmo sem conhecê-la, e desejar o futuro, apesar de temê-lo. É a necessidade de um sorriso sincero, um afago espontâneo, e a fuga de um falso "eu te amo".É como o desabrochar de uma nova vida, e o cair de velhas folhas secas. Eternizar um beijo e dismitificar um olhar. É como tentar solucionar um enigma, sem saber por onde começar, é uma força que me atrai ao desejo de não desistir, e um apelo aconchegante de um carinho verdadeiro. É como uma lágrima que atravessa o rosto de quem não teme o abandono, e como o esforço de um novo palpitar de um coração partido. Um vai e vem descontrolado, como um turbilhão de ideias e desejos que afloram, mas que eu reprimo, como medo de mais uma vez fracassar.É como uma chuva quente que mergulha no meu corpo, e como uma nevasca de boas sensações que avassala a minha mente.Tenho certeza de que quero, mas não sei como alcansar.Queria que tudo fosse mais fácil, apesar de gostar do mais difícil. É como desenhar um futuro com você, e ir dormir sabendo que sonharei contigo. É como uma nova leve vibração que vem de longe, mas que me arrasta pra ti.É como decidir o que quero, mas fraquejar na hora de batalhar; É como ficar feliz só por ganhar um "oi", e ter expectativas de algo que só eu desejo. É sentir o calor do teu corpo, mesmo sem tocá-lo, e congelar-me com o teu sorriso...congelar-me de medo e vergonha! É como o fim do romance utópico e o início de uma nova vida...Esse despertar é Você, na minha vida...

Por mais que nunca tenha te dito, é o que me manté vivido e esperançoso...a certeza de que para mim, você é especial e nadá fará sentido se não estiver comigo, pois daqui em diantem quero ser uma pessoa melhor...mas com você!!!

Luxúria:

E é assim que eu inicio o meu jogo, tendo como peça inicial o seu ego desajeitado, e as doces esperanças que eu te transmito com um sorriso malicioso que avassala o seu coraçãozinho de uma só vez.
O jogador, é claro, sou eu, e agora você ja faz parte do meu mundinho.
Eu faço o tipo que cativa aos poucos, mas quando desfiro o último olhar de desejo, você já está nas minhas mãos.
E como o sopro de um gélido vento, que agora atravessa a sua espinha, que eu chego até os seus desejos mais intimos e inalcansáveis.
Faço com que você sinta todo o calor que meu corpo esbanja, e te domindo como um predador abate sua caça.
Te deixo desnorteado de intenções, viro sua cabeça ao avesso, e te perturbo em madrugadas que parecem não ter fim.
Mas vá com calma, não pense que você é único ou especial! quem dita as regras sou eu, e neste jogo de sedução foi já foi fisgado.
Aos poucos você sente como se fosse especial...isso é claro, também é merito meu, afinal você nunca sabe a hora que isso vai acabar, mas sabe que terá fim.
É bom que tudo seja levado a sério, não é? afinal de contas, cada segundo comigo, adianta sua ida para um inferno mais intenso.
Espero que você não tenha planos para o céu, pois comigo o jogo é assim:quanto mais você se entrega, mais eu te uso, e quanto mais você hesita, mais te devorarei no jantar...
Este momento está sendo otimo, e nem por um segundo você se perguntou se era isso que você queria, afinal ter esse tempinho comigo, é um privilegio muito digno.
Mas, lamento lhe informar que pra mim, o jogo ja perdeu a graça...usei tudo que você tinha de mehor, e fiz com que você chegasse ao seu limite. Foi bom, mas acabou!!!

Agora, implore uma segunda chance, mas já lhe aviso: esforce-se muito mais, pois figura reitida pra mim, realmente não me satisfaz ;)

Só resta uma pergunta a se fazer: FOI BOM PARA VOCÊ??

Romance Utópico

Aquele legítimo sentimento de insatisfação...um breve flashback daquilo tudo que ja vivemos e viveremos, as certezas e as dúvidas,os enganos e os acertos, as verdades e as mentiras. O sonho ou a desilusão, o carisma ou a antipatia. A verdade é que vivemos com o único objetivo de nos compreendermos.Você já parou e notou quantos conselhos já damos para amigou ou familiares? mas você já reparou que sempre damos uma de "psicólogos e "éticos"? E comcerteza você jápercebeu que erramos exatamente naquilo que aconselhamos? Pois é, o fato é que enxergamos os problemas dos outros,e nunca os nossos. Com a mesma facilidade, apontamos defeitos, crticamos severamente e desperdiçamos blasfêmias...
Talvez nossaúnica e maior utopia é crer em algo insólido,imutável,incerto,mas que ao mesmo tempo nos conforta. Você conhece o amor?Aquele sentimento indiscritível caracterizado principalmente pela nossaincapacidade de caracteriza-lo. responsávelpor nos levar ao mais profundo tártaro, e no segundo seguinte nos guiar ao mais complexo nirvana. Aquela sensação de escuridão com clareza, de calor frio, de imensidão pequena, de voraz pacifismo,de incerta certeza,de clara dúvida, de longo paradigma temporal,de preencher o nada, de nada preencher o todo.
ouvimos falar do amor como algoinexplicável,que alguns atingeme outros esperam a vida toda para encontrá-lo...mas naoo conseguem. Sabemosque nãoé definível, não há etnias,o amor não tem raça,idade, sexo, tamanho,intensidade,horae nem local...ele surge inesperadamente como uma força avssaladora que nos abala e deixa-nosescravos das sensações.
Certa vez pensei ser incapaz de sentí-lo...achava não ser capaza de encontrar alguém que me causasse aquele "bakc", aquele brilho nos olhos, o merecedor de suspiros infundáveis. A verdade é que o amor é algo utópico,um sonho,algo imaterial que imaginamos ser inalcansável; mas se o amor foruma mentira,desejo ser enganado,se for uma verdade, quero conhecer os prós e contras sem arrependimento, se for um sonho, quero adormecer eternamente...

Se for uma ilusão,desejo ficar preso nesta miragem para sempre, se for uma dúvida, quero desvendá-la contigo,se for uma certeza,eu já a conheço: Quero poder despertar todos os dias com a única certeza de que EU TE AMO, pois nada mais importa , contigo não tenho medo de arriscar, por ti vale o maior dos sacrifícios e por nós vale a eternidade...e que este seja o nosso romance utópico !!!


By: Luizinho